O carbono é um dos elementos mais comuns no mundo e é um dos quatro princípios básicos para a existência da vida. Os seres humanos contêm mais de 18% de carbono em seu corpo, e o ar que respiramos contém traços de carbono. Quando ocorre na natureza, o carbono existe em três formas básicas:
• diamante – um cristal extremamente duro e claro;
• grafite – um mineral preto e macio, feito de carbono puro. Sua estrutura molecular não é tão compacta quanto a do diamante, por isso é mais fraco;
• fulerite – um mineral feito de moléculas perfeitamente esféricas, consistindo de exatamente 60 átomos de carbono. Esta alotropia foi descoberta em 1990.
O diamante é sinônimo de poder, riqueza, segurança e beleza. Se formam a aproximadamente 161 km abaixo da superfície da Terra, na rocha derretida do manto da Terra, que proporciona a pressão e o calor adequados para transformar carbono em diamante. Para que um diamante seja criado, o carbono deve estar embaixo de, pelo menos, 435.113 libras por polegada quadrada (psi ou 30 kilobars) de pressão a uma temperatura de, pelo menos, 400º C. Se as condições estiverem abaixo destes dois pontos, será formado o grafite. Em profundidades de 150 km ou mais, a pressão vai para 725.189 psi (50 kilobars) e o calor pode exceder 1.200º C.
A maioria dos que vemos hoje foram formados há milhões (ou até bilhões) de anos. Poderosas erupções de magma trouxeram os diamantes até a superfície, criando chaminés de kimberlito, que é um nome escolhido em homenagem a Kimberly, África do Sul, onde estas chaminés foram encontradas pela primeira vez. A maior parte destas erupções ocorreu entre 1.100 milhões e 20 milhões de anos atrás. As chaminés de kimberlito foram criadas conforme o magma passava por profundas fraturas na Terra. O magma de dentro da chaminé de kimberlito funciona como um elevador, empurrando os diamantes e outras rochas e minerais pelo manto e crosta em poucas horas. Estas erupções eram breves, mas muitas vezes mais poderosas do que erupções vulcânicas que acontecem atualmente. O magma destas erupções foi originado em profundidades três vezes mais profundas do que a fonte de magma nos vulcões. Com o tempo, o magma esfriou dentro das chaminés de kimberlito, deixando para trás as veias cônicas da rocha de kimberlito que contêm diamantes. Kimberlito é uma rocha azulada que os mineradores procuram quando estão atrás de depósitos de diamantes. A área da superfície das chaminés de kimberlito que contêm diamantes variam de 2 a 146 hectares.
Também podem ser encontrados em leitos de rios, chamados de reserva aluvial de diamantes. São originados em chaminés de kimberlito, mas se movimentam por atividade geológica. Geleiras e águas podem movimentar os diamantes para milhas de distância de seu local de origem. Hoje, a maioria dos diamantes é encontrada na Austrália, Brasil, Rússia e vários países africanos, incluindo Zaire. São encontrados como pedras brutas e devem ser processadas para se transformarem em pedras brilhantes, prontas para venda.
Todas as minas deste mineral, com exceção de algumas na Namíbia, produzem mais diamantes industriais do que gemológicos (aqueles usados em jóias). São vários os usos para os diamantes industriais, como na perfuração de poços de petróleo; nas brocas usadas por dentistas para furar dentes; ferramentas de corte; bisturis usados na medicina, principalmente na indústria oftalmológica que exige muita precisão no corte; para fabricação de termômetros especiais, pois nada transmite calor tão rápido e tão bem quanto o diamante, e também é estável em temperaturas de aproximadamente 800 graus Celsius.
Quando se fala em ouro ou diamantes e pedras preciosas, para expressar o seu valor, logo surgem as palavras quilate ou kilate, que poucos sabem o que significam. Muitas pessoas confundem quilate com kilate. “Quilate” abrevia-se “ct.” se refere ao peso dos diamantes, enquanto “Kilate” abrevia-se “K” se refere à pureza do ouro. Ex.: 18K ( ouro 18 kilates).
Um quilate é uma unidade de peso para diamantes e outras pedras preciosas. Um quilate é igual a 200 miligramas (0,200 grama, o que equivale a dizer que 1 grama = 5 quilates). Há 1.000 gramas em 1 quilograma (kg). São portanto 5.000 quilates por kg (se você pesa 70 kg, você tem 350.000 quilates). O termo quilate (em inglês = carat) é derivado da palavra “carob” . São sementes que têm pesos incrivelmente parecidos umas com as outras e então eram usadas pelas civilizações antigas para calcular o peso dos diamantes. Uma semente equivalia a 1 quilate. Um quilate é dividido em 100 pontos, de forma que um diamante de 75 pontos pesa 0,75 quilates. 1 quilate = 0,2 gramas. Dois diamantes de pesos iguais podem no entanto ter preços diferentes, dependendo de sua lapidação, pureza e cor.
Quando se refere ao ouro, o Kilate é uma unidade de pureza. Ouro 24 Kilates é ouro puro. Geralmente, o ouro é misturado com metais como o cobre ou prata para fazer jóias, porque o ouro puro é muito mole. Cada Kilate indica 1/24 do todo. Se uma jóia é feita de metal que tem 18 partes de ouro e 6 partes de cobre ela é de ouro 18 quilates. De onde veio essa unidade de pureza tão engraçada? Acontece que uma moeda de ouro alemã chamada marco era comum há cerca de mil anos. Ela pesava 24 Kilates (4,8 gramas). A pureza do ouro na moeda foi expressa com o número de Kilates de ouro presente nessa moeda de 24 Kilates.
Quando se vai adquirir uma jóia de diamante temos 4 princípios importantes, que são o corte, claridade, quilate e cor.
A pureza é algo também muito importante na hora de comprar seu diamante e pode ser analisada por dois tipos de defeito :
Defeitos Externos : Seria qualquer impureza na superfície do diamante, vêm do uso, com leves batidas que podem ser dadas com um anel no dedo ou mesmo algum defeito causado durante a lapidação.
Defeitos Internos : Seria qualquer das muitas impurezas encontradas no interior de um diamante. Há muitos tipos de defeitos internos.
A classificação da Pureza é algo muito importante. A lente usada na classificação é uma lente de 10X, podendo ser de mão ou um microscópio. Qualquer inclusão que não possa ser enxergada com uma lupa de 10X não “existe” para efeitos de classificação.
A escala de pureza está em inglês, pois foi padronizado pelos americanos :
IF- Internally Flawless – Internamente puro (e externamente, também)
É a classificação mais alta dada a uma pedra.
VVS1 e VVS2 – Very very slightly included – Inclusões muito, muito leves. Uma inclusão VVS é muito difícil de ser detectada com uma lupa de 10X, mesmo por um examinador experiente.
SI1, SI2 e SI3 – Slightly included – Inclusões leves. A maioria das pedras compradas hoje são desse grupo. Uma inclusão SI é facilmente detectada com a ajuda de uma lupa de 10X.
SI1 – Uma inclusão SI1 é facilmente detectada com a ajuda de uma lupa de 10X, mas não pode ser vista a olho nu.
SI2 – Uma inclusão SI2 é facilmente detectada com a ajuda de uma lupa de 10X. Raramente pode ser vista a olho nu.
SI3 – Uma inclusão SI3 é facilmente detectada com a ajuda de uma lupa de 10X. Na maioria dos casos (pedras acima de 0,75 cts), pode ser vista a olho nu.
I1, I2 e I3 – Imperfect – Imperfeitos, defeituosos. Esse é o último grupo na escala de classificação de diamantes:
I1- Uma inclusão I1 pode ser vista a olho nu, mas ainda é agradável aos olhos. A inclusão não é grande o suficiente para tirar o brilho da pedra.
I2 – Uma inclusão I2 pode pegar uma porção substancial da pedra podendo ser facilmente vista a olho nu.
I3 – Uma inclusão I3 está muito próxima de ser considerada uma pedra de “rejeito” isso significa que uma porção tão grande da pedra tem defeito que ela perde todo seu brilho ficando apagada, perdendo toda “vida”. Qualquer pedra abaixo de I3 seria considerada para uso industrial do diamante.
Outra propriedade importante é a cor. A maioria dos diamantes têm um quase imperceptível toque de amarelo ou marrom, até os mais raros: cor-de-rosa, azuis e verdes que são conhecidos como “Fancy Color”. Os mais procurados no entanto são os totalmente incolores.
Quando é encontrado na natureza ainda está no seu estado bruto e será lapidado onde ganhará forma comercial. As mais comuns no mercado hoje de acordo com seu valor relativo são: Redonda, Oval, Coração, Navete e Gota. Estas formas são determinadas pelos profissionais da lapidação, que são o clivador ou serrador. Ambos, essencialmente, fazem o mesmo serviço, cortar ou clivar o diamante em dois pedaços para determinar o melhor aproveitamento da pedra.
Diamantes são a forma cristalizada do carbono, criados sob extremo calor e pressão. É este mesmo processo que faz do diamante o mineral mais duro que conhecemos. A classificação do diamante é 10 na escala de Mohs. Pode ser mais de 10 vezes mais duro do que um mineral com classificação 9 na mesma escala, como o coríndon. Coríndon é uma classe de minerais que inclui rubis e safiras.
É a estrutura molecular dos diamantes que os torna tão duros. São feitos de átomos de carbono conectados em uma estrutura treliçada. Cada átomo compartilha elétrons com outros quatro átomos, formando uma unidade tetraédrica. Esta união tetraédrica de cinco carbonos forma uma molécula incrivelmente forte. O grafite, outra forma de carbono, não é tão forte quanto o diamante porque os átomos de carbono no grafite se conectam em forma de anéis, onde cada átomo é apenas ligado a um outro átomo.
Escala de Mohs é uma escala relativa de dureza desenvolvida em 1812 pelo mineralogista alemão Frederich Mohs (1773-1839). Este selecionou dez minerais considerados por ele os mais comuns. Não é uma escala linear, na medida que as diferenças de dureza entre os minerais contíguos não se mantém constante. No entanto, pela facilidade de uso é, até hoje, de uso rotineiro em Mineralogia.
Escala de Mohs
Dureza – Mineral – Fórmula Química
1 – Talco – Mg3Si4O10(OH)2
2 – Gipsita – CaSO4.2H2O
3 – Calcita – CaCO3
4 – Fluorita – CaF2
5 – Apatita – Ca5(PO4)3(OH,F,Cl)
6 – Ortoclásio – KAlSi3O8
7 – Quartzo – SiO2
8 – Topázio – Al2SiO4(F,OH)2
9 – Coríndom – Al2O 3
10 – Diamante – C
Parâmetros úteis para uso da Escala de Mohs
Dureza – Objeto
2,5 – Unha
3,0 – moeda de cobre
5,5 – Lâmina do canivete
5,5 a 6 – Vidro
7 – Porcelana
9,1 – Ponta de vídia